quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quem liga?

Hoje acordei me sentindou diferente, eu não era eu e ainda não me acostumei.
Mas gosto das gotas de maldade que começei a provar.
Elas me dão um leve sorriso.
Onde revelo que sou cúmplice de mim mesma.
Mas eles dizem "Você continua a mesma"
Quem liga pra o que eles dizem?
Eu ligo e não ligo.
Não sou a mesma da semana passada.
Não sou eu.
Mas a nova eu é mais divertida.
Mais malvada, mais confiante.
Eu adoro a nova eu.
E se eles não viram.
Quem liga?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

My baby love!

  É meu blog, de novo. Por que de novo? Uma vez eu fiz um blog, não cheguei nem a postar algo que prestasse. No mesmo dia esqueci a senha, até hoje não me lembro.
Maaas me disseram que a segunda vez é ainda melhor, então creio que eu esquecer a outra senha foi um sinal pra que eu fizesse o Baby Love(tá bom viu? sei sei)! Eu gosto muito dele, simpático, foi eu que fiz.
Foi um trabalho de parto dificil, com a internet discada então. Pra personalizar foi um ato heróico, mas pelo menos o Baby Love não pode dizer que nasceu de uma rapidinha(risos). Não liguem eu tô muito feliz hoje e falo muita bobagem quando tô feliz. Na verdade o tempo todo falo bobagem, mas quando tô feliz....
  Tem dias que tô tentando fazer um, mas sempre algo me impedia. Às vezes o chato do meu irmão, ou a hora que já ficou tarde, ou a internet(sempre). Eu pensei em desistir de verdade, vai ser dificil controlar um blog com essa internet, mas tentanrei mantê-lo atualizado, caso não aconteça. Eu sinto muito. Nem vampiros me impediram-não que eu acredite, na verdade nem sei no que acreditar direito, mas não acredito em vampiros. -falando nos vampiros... eu já vi tanta gente que acha que é vapiro.... Cada um acredita no que quer!
   Escrever é algo muito bom, literatura salva minha vida muitas vezes , quando eu preciso fugir um pouco de mim, da viida. Dos problemas, quem nunca se olhou no espelho e pensou "cançei de mim! DA minha cara, do meu nariz do meu cabelo..." ou o raio que for? A dificil achar alguém que nunca tenha feito isso. então eu me torno tudo que quero ser, ou que não teria coragem de ser. Esse blog é um pouco disso também, um pouco de tudo que me cerca.
   Mas como já estou cançada(nem sei mais como estou digitando) vou terminar esse poste que não quer dizer nada!
   Boa noite.

Coração de ouro

Dizem que você tem um coração de ouro
Mas você sente que ele está sendo derretido
Pra fazerem jóias mais valiosas
Isso dói.
Um colar de jóia feito com seu coração
E o pior de tudo
Que talvez ele pertença
Ao mais sujo dos seres humanos.

Aos poucos se derretendo
incrustados de diamantes
Mas seus olhos não brilham mais
Nem seu coração de ouro é maciço
Lágrimas de turquesa.

Não pensaram que seu coração
Valesse mais que dinheiro.
E suas lembranças mesmo foscas
Ou radiantes demais
Fossem uma grande mina
E que agora você perdeu sua vida
E esqueceu de morrer
Seu coração de ouro exibido em joalherias
E sua mente insana presa no manicômio
E você sabe que nunca dirá adeus
Mas essa é a hora
Diga adeus

Pra você lembrar

Tudo o que se ouvia eram seus passos crepitando na fina camada de gelo. Os passos corridos em desespero, o ar brigando com a garganta, e o corpo reagindo a cada nova dose de adrenalina, afundava seus pés na neve, o que a deixava mais pesada viu à sua frente a igreja, estava chegando, “corra mais um pouco!” se esforçou. Caiu o rosto contra o chão gelado, se levantou furiosa.
  A tarde cinza ria dela e de seu medo de que ele não a estivesse esperando. A igreja se mostrou maior, mas parecia se camuflar com o céu, seu único destaque era o grande sino incrustado de rubis. Angie chegou aos degraus e eles a avisaram:
-Não entre. –Angie parou por um momento, não podia perder mais tempo. Entrou. Ele a estava esperando.
  O lugar parecia ter parado no tempo, os enfeites do casamento ainda estavam pendurados nos bancos de eucalipto. Tudo estava empoeirado, as cortinas rasgadas, e no altar um homem sentado. Tinha a mesma fisionomia de 10 anos atrás, quando ela o largou no altar “Uma burrice a minha!” Angie pensou. A cartola dele tinha pequenas colinas de poeira, sua cabeça estava baixa, o lenço no bolso do terno amarelado, os braços estendidos nos joelhos.
-Ítalo. –Murmurou tocando-o no ombro. Viu os olhos azuis dele lhe fitarem surpresos. –eu voltei. –Se abaixou. Ele olhou bem os traços dela, tinha se passado quanto tempo? Parecia a mesma, o mesmo cabelo ondulado e preto, o nariz fino e alongado, e os olhos acinzentados, que ele tanto sonhara. –Achei que não fosse mais estar aqui. –A neve começou a cair lá fora e junto com elas as lágrimas quentes de Angie. –Me perdoa.
-Eu te esperei por todo esse tempo, já te perdoei. –A voz dele saiu baixa e rouca. Ela beijou os lábios secos dele, dando-o um pouco mais de vida. A pele translúcida dele corou. Deu um sorriso que lhe doeu a face, estava a tanto tempo sem se mexer, tudo estava enferrujado.
-Vem. –Estendeu a mão pra ele, que a pegou e cambaleou ao levantar. Seus ossos rangeram, sua coluna estralou e seus pés o traíram, jogando-o no chão. Angie se abaixou pra ajudá-lo, como uma criança que aprender a dar os primeiros passos ela o guiou até o fim das fileiras de bancos e o sentou no último e se sentou ao lado dele.  –Por que não desistiu? –Pegou a mão dele.
-Nem por um instante eu pensei nisso. Todos se foram, a cidade morreu aos poucos, eu estava morrendo. Mas agora você me trouxe a vida de volta. –A garganta ardia.
-Eu não fui justa com você... Te prendi aqui por dez anos. Me arrependo tanto disso.. . –Pressionou o dedo magro contra os lábios dela, fazendo-a se calar.
-Não há tempo pra arrependimentos, estou livre agora. -Ele tirou a flor branca de sua cartola. –Sabia que voltaria um dia, mas só tenho esse presente. –colocou a flor entre as mãos dela. –Em troca da liberdade que você me deu. –Ele se levantou.
-Pra onde vai? –Ela se preocupou.
-Pra onde deveria estar a muito tempo. –A beijou mais uma vez. Seus passos eram mais firmes.
-Temos que ficar juntos! Ítalo, eu voltei por você! –Ela chorou desesperadamente.
-Se o amor nos tornasse mesmo eternos eu ainda estaria ao se lado, mas o tempo me tirou de você, assim como seus passos me deixaram um dia. –A voz dele estava ficando cada vez mais distante a cada passo que dava em direção à porta.
-Você disse que me perdoava. –Ela implorou.
-E já perdoei. –Com a voz mansa a imagem dele foi sumindo, se esmaecendo em milhares de flocos de neve e indo com o vento fresco.
 Angie despertou arfando e gritando:
 - Ítalo! Ítalo!
-Querida o que foi? –Seu marido, Vinicius, se sentou a abraçando.
-Só um pesadelo. –Ela se aconchegou nos braços dele. Ainda protegida pelos cobertores olhou pra sua mesa de cabeceira. –Que flor linda! –Beijou o rosto do marido. –Muito obrigada! –A pegou e pressionou contra o peito.
-Não fui eu que a coloquei aí. –Vinicius respondeu.